quarta-feira, 22 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Porque quem ama tem medo de perder....
Nunca gostei de perder. Sou muito ciosa com as minhas coisas. Não me interessa se perco à sueca, ao monopolio ou no jogo da malha, mas se perco uns brincos, sejam de €1 ou de €100, fico deveras chateada. Triste. Abala-me mesmo. Eram meus, baratos ou caros. E eu tinha-lhes apreço.
E os sentimentos? Sou agarrada a eles. Às minhas pessoas. Ao meu círculo. Se perco um dos elos, fico perdida por uns tempos. Desoriento-me. É como se o collant ficasse com um buraco, todo ele inutilizado e uma parte do corpo exposta .... entretanto apanha-se-lhe as malhas e a 'coisa' lá anda por mais uns tempos. Sim recomponho-me. Mas (in)felizmente nunca esqueço. E a vida não volta a ser a mesma.... e até pode vir a ser melhor, mas nunca a mesma.
Mas tudo isto é paisagem quando falamos de coração. E o meu é assim de um cristal raro e chato dado que não pode ser levado à máquina de lavar e tem de ser tratado com mãozinhas de fada. E temos mais que fazer do que andar com corações ao colo. E por isso mesmo ando sempre em remendos. E as linhas já não são o que eram outrora. E a idade também não. E sim, está claro, a intensidade com que ele bate também faz com que as linhas rebentem. Hei-de experimentar fio de pesca.
Eu tenho medo de perder. Tenho medo porque nunca amei assim. Tenho medo porque há algo em mim que diz que não mereço. Se calhar porque deveria ter feito o crisma....